12/10/12
Trânsito em trevos da Bauru-Iacanga faz moradores pedirem
providências
Marcele Tonelli
Um engavetamento envolvendo quatro veículos foi
registrado no início da noite no quilômetro 345 da rodovia Cezário José de
Castilho (SP-321- Bauru-Iacanga), em Bauru. Ninguém se feriu gravemente. O
acidente aconteceu na semana passada, mas torna concreto e atual os relatos e
reclamações de motoristas e moradores que utilizam os trevos que ligam os
bairros da cidade ao longo da rodovia conhecida como Bauru-Iacanga.
Motoristas nervosos com o fluxo intenso de carros,
empresários recebendo reclamações de clientes por conta do difícil acesso à
empresa, pedestres se arriscando dia e noite para atravessar a pista sem
precisar andar mais que o necessário. Este é o cenário observado ao longo dos
trevos que ligam o Jardim Pagani ao Parque Colina Verde e a Quinta da Bela
Olinda à Vila São Paulo, por volta do quilômetro 345 da SP-321.
Quem passa pela pista, no sentido Iacanga-Bauru, respeita
o limite da velocidade para não sofrer as penalidades previstas por placas que
indicam a presença de radar eletrônico na via. Já quem segue no sentido
contrário, parece muitas vezes desperceber o limite de 60 km/h. O que acaba
tornando o cruzamento da pista mais desafiador, considerado que o local fica
próximo a uma baixada da rodovia.
“Esses trevos são muito perigosos, devia haver agentes de
fiscalização ou semáforos. Já presenciei vários acidentes por aqui, inclusive o
atropelamento do meu pai de 72 anos há uns quatro meses”, conta o empresário
Gilberto Zanini, proprietário de uma empresa de bombas injetoras no Jardim
Pagani, ressaltando receber constantes reclamações de seus clientes por conta
do trânsito no trevo que liga o bairro ao Parque Colina Verde.
“Alguns caminhões chegam ficar mais de 20 minutos
esperando para cruzar a rodovia no horário de pico. Vários clientes já bateram
o carro nesse trevo”, completa o empresário.
Pedestres
No local, mesmo fora do horário de pico, famílias
inteiras, inclusive com crianças de colo, foram flagradas atravessando a pista
com o uso do trevo. “Falta uma passarela mais próxima. Não compensa descer para
subir, prefiro esperar e atravessar por aqui mesmo”, fecha questão Maciel
Fernandes, 46 anos, segurando sua filha de 1 ano, junto à sua esposa, Ilziclei
da Paz, 28 anos, e seu filho Diego, 12 anos, que na manhã de ontem, realizava a
travessia da rodovia Cezário José de Castilho de maneira irregular.
Assim como outros moradores do Quinta da Bela Olinda e do
Jardim Ivone, a família utiliza o trecho constantemente para chegar à Vila São
Paulo e a uma escola do bairro Nova Bauru, local onde uma outra filha de 10
anos do casal estudaria.
O mesmo trajeto para levar a filha para escola era feito
pela dona de casa Eliana Aparecida Fagundes, 31 anos, que atravessava a via com
a pequena Cauani Fagundes, de 3 anos.
Entretanto, os flagrantes e as marcas de caminhos abertos
em meio aos barrancos nas laterais da pista indicam que, o túnel para o
cruzamento seguro acaba pouco utilizado.
Desnível
Ainda próximo ao trevo do Jardim Pagani a reportagem
apurou que os acostamentos da pista simples da rodovia estão precários. Em uma
das laterais era possível observar um desnível de mais de dez centímetros do
acostamento em relação à pista, fato que pode ser determinante para que mais
acidentes ocorram no local.
Sobre os questionamentos, o DER informa que está previsto
para novembro deste ano a publicação do edital de obras, que contratará a
empresa responsável pela duplicação entre Bauru e o Aeroporto.
O projeto executivo prevê a duplicação da pista do Km
344,8 ao Km 356, implantação de marginais do km 344,8 ao km 348 e implantação
de três viadutos para travessia de pedestres nos km 349,35, km 351,4 e km
353,35. De acordo com o órgão, o valor orçado das obras é de R$ 102 milhões e
os serviços deverão ser iniciados em fevereiro de 2013.
Matéria publicada no Jornal da Cidade de Bauru, edição de 12 de outubro de 2012
Matéria publicada no Jornal da Cidade de Bauru, edição de 12 de outubro de 2012
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