sexta-feira, 18 de março de 2011

De novo o MINI-DISTRITO INDUSTRIAL


Lendo matéria publicada na edição do dia 17/03/2011 do Jornal da Cidade, descobrimos que nossos esforços em demonstrar que o projeto de instalar um mini-distrito industrial na entrada de nosso bairro é contrário aos interesses da Associação dos Moradores e dos moradores do bairro não estão sendo levados em conta, pois ainda está em pauta e a áreadestinada a ele está entre os lotes a serem vendidos para esse objetivo.

Para ampliar e ler a matéria clique sobre ela:

 
“Anunciado em agosto de 2008, o mini-distrito do Jardim Pagani está a sair do papel. De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Ferrari, até o final do semestre a prefeitura espera comercializar os 13 lotes do equipamento.  O dinheiro obtido com a comercialização das áreas será revertido para o Fundo Municipal de Aquisição de Áreas e Obras de Infra-estrutura nos distritos e Mini-distritos Industriais de Bauru, que será criado, caso o projeto de lei sobre o tema seja aprovado pela Câmara Municipal de Bauru.”

A maioria dos moradores do bairro é contra essa instalação e a Associação de Moradores do bairro também. Nas reuniões que mantivemos com o Prefeito Rodrigo Agostinho deixamos clara nossa posição e ele se comprometeu em estudar a possibilidade de mudança de destinação do lote e nos apresentar alternativas que até agora não nos foram mostradas. Sabemos que a mudança de destinação do lote é possível, desde que o Prefeito a submeta à Câmara que tem clara disposição para votar a favor dessa alteração em benefício dos moradores.

Entre as alternativas que propusemos, estava a construção de novo prédio para a EMEI do bairro que funciona em prédio antigo e sem condições adequadas de abrigar uma escola e sem espaço para receber uma reforma que valesse a pena.

O mini-distrito está próximo à área residencial. As primeiras ruas do bairro local já estão degradadas: a primeira pela presença de barracões e a segunda pela retífica que ali funciona.

Sabemos que o bairro tem outros problemas, os quais, aliás, estamos lutando para resolver ou pelo menos minimizar com demandas constantes ao poder público e aos moradores do bairro. Isso não justifica a criação de um mini-distrito industrial. Muito pelo contrário: os problemas que trará o mini-distrito se somarão aos já existentes.

O argumento utilizado pelo poder público como a criação de novos empregos é muito discutível. O que vai acontecer é que empresas que estão em outros locais da cidade se transferirão para cá apenas mudando de local os mesmos postos de trabalho, com raras exceções.

Existem muitas alternativas para o local que são infinitamente melhores para a comunidade do que uma intensificação da atividade industrial que contribuirá, com certeza para a que a já precária infra-estrutura do bairro se deteriore ainda mais.

Alertamos, sobre o mencionado Fundo, que o dinheiro da venda dos lotes demorará bastante para estar à disposição, pois haverá prazo de 2 anos de carência para início dos pagamentos e 60 meses para pagar. Pedimos aos senhores vereadores que analisem com carinho o assunto antes de votarem o projeto, que contraria os interesses da maioria dos moradores do bairro e vai na via contrária da luta por uma melhor qualidade de vida e da preservação do meio ambiente.

Fazemos, portanto, um apelo ao Senhor Prefeito Municipal Rodrigo Agostinho para que nos apresente alternativas viáveis para o local, ou envie solicitação à Câmara Municipal para a apreciação dos vereadores que poderão debater a questão e alterar, se assim aprovarem, a destinação do local, para possibilitar a construção de uma escola no local, proposta que acreditamos muito mais adequada para uma área eminentemente residencial que já sofre bastante com a instalação de barracões de modo desordenado e inconveniente.

Adalgizo W. Martins Ferreira - morador do bairro e Presidente da Associação de Moradores do Novo Jardim Pagani
Antonio Morales de Camargo - morador do bairro e 1º secretário da Associação de Moradores do Novo Jardim Pagani

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